Que Orgulho!

Eu sou uma pessoa muito orgulhosa, fui educado assim. Deliberadamente. Meu pai costumava dizer: “Se esforce o dobro do que pode e se mostra capaz de qualquer coisa, para que a única pessoa da qual dependa é você mesmo” – E tanto eu, quanto meus irmãos assim o fizemos.

A começar pela carreira. Todos nos graduamos, nas mais diversas áreas, pela Universidade Federal de Alagoas. Porque aliás, essa era outra dica de meu pai. Ele sabia que, sem respaldo profissional, qualquer orgulho seria puro pedantismo. Então batalhei cada dia da minha vida.

Para conquistar respeito no mundo da engenharia. Para construir minha história na profissão. Para justificar tanto orgulho. E me refiro ao orgulho bom, que me fortalece e faz confiar ainda mais no meu taco. Sem avareza ou soberba. Sem arrogância ou algum tipo de canalhice.

Não sou melhor que ninguém. Esse tipo de consciência sempre me acompanhou. Mas é quando você está no topo da sua primeira obra e percebe que pode morrer se cair de lá de cima, que se dá conta que precisa ter orgulho de si ou vai acabar engolido pela insegurança.

Mas não pense que é só sair estufando o peito pela sua capacidade ilimitada de ir além. Manter a cabeça fria e o equilíbrio são as partes mais difíceis. Você não quer ser antipático ou prepotente, afinal, sabe que não é melhor que ninguém.

E nessa área da engenharia, não importa quão alto seja o arranha-céu ou quantos torcedores cabem no estádio que você construiu, não há um simples cômodo que você construa sozinho!

Então, toda vez que você observar seu lindo diploma emoldurado na parede ou quando receber um cheque bem gordo, se orgulhe da grande pessoa que é sem, jamais, julgar-se maior que outro colega. Você vai se surpreender, pois, é essa humildade que vai, ironicamente, te deixar maior!